tenho presos seus cabelos por entre meus dedos
de um anjo se encaracolados. Mas perdido
numa noite profunda. E você que nem se cobre
insinuante nos lençóis desta cama, o suor
e uma boca molhada que se calou nos beijos
de uma noite insana de abajur e permitiu
o prazer. E os seus cabelos por entre meus dedos
de um anjo encaracolados. Uma mulher
a manhã discreta e cúmplice não denunciou
não quis se perder no que a madrugada escondeu
sequer a vidraça vã revelou o segredo
quando o sereno se foi por um sopro do dia
mas tenho ainda entre meus dedos os seus cabelos
por onde seguro o rosto que beijo na boca