sair pra beber um assunto sem fim
num gole ardido de uma esquina escura
falar dos enredos roubados do dia
histórias e tramas nas nódoas da mesa
ouvir a esperança de um amor na música
magoada na viola desafinada de um duo
(a dança mecânica dos dedos nas cordas
lembrando o calcar de um interruptor)
era este o cenário sem cor nem alento
das noites se todas passavam vadias
à parte destroços e restos de um fim
nada além de copos e menos de mim